Por Todd Mason Scott
Imagine estar na sala de reuniões em 2008, quando a então startup Netflix entrou para lançar seu valor como uma aquisição para a equipe executiva da Blockbuster. Dizer que o preço de US$ 50 milhões foi recebido com ceticismo seria um eufemismo.1
Uma empresa on-line poderia competir seriamente com as empresas físicas – especialmente um gigante de aluguel de filmes como a Blockbuster com mais de 9.000 lojas em todo o país? Quem iria querer receber seus filmes pelo correio?
Há momentos de mudança radical em que a ação não é apenas uma jogada de negócios sábia, nem mesmo uma questão de sucesso, mas necessária para a sobrevivência. O setor de comunicações está passando por um momento assim agora. As empresas de telecomunicações que sobreviverem serão aquelas que prestarem atenção a três preocupações principais: segurança, experiência do cliente e satisfação do funcionário.
Como chegamos aqui?
A conectividade digital nunca foi igual nos EUA. Apenas 72% dos residentes rurais têm acesso à banda larga doméstica, em comparação com 77% que vivem em áreas urbanas e 79% em áreas suburbanas. Quando toda a nossa vida ficou on-line, essa discrepância ganhou uma nova dimensão.2 Durante a pandemia, as áreas rurais usaram serviços de telessaúde 30% menos do que as áreas urbanas, uma tendência fortemente correlacionada com a falta de acesso à banda larga.3 4
A Lei de Investimentos e Empregos em Infraestrutura de 2021 visa preencher essa lacuna, alocando US$ 65 bilhões em financiamento para expansão e acesso à banda larga.5 As empresas de telecomunicações estão correndo para garantir concessões, construir infraestrutura para alcançar áreas mal atendidas e encontrar novos clientes, o que está aumentando a concorrência para fornecer o conteúdo e os serviços executados nesses canais. Os hyperscalers, provedores de cabo, integradores de serviços, entre outros, estão buscando conquistar participação de mercado em jogadas para se manterem relevantes por meio de uma combinação de novas ofertas e parcerias importantes.
Como as empresas de comunicação podem dominar esse momento
Toda essa atividade se junta para transformar o que antes era uma cena tranquila em um mercado revitalizado e hipercompetitivo. As empresas de telecomunicações locais e regionais estão competindo com gigantes internacionais. Os hyperscalers e provedores de cabo estão correndo para garantir direitos de IP e parcerias de conteúdo antes que seus concorrentes o façam. As empresas de todos os setores estão fazendo tudo o que podem para se destacar.
Vencer este momento exigirá manter o ritmo e se destacar. As empresas de telecomunicações precisam continuar a fornecer os serviços e o conteúdo que seus clientes esperam (e continuam esperando cada vez mais) enquanto se diferenciam dos outros concorrentes. O setor está em um ponto de virada e cabe às empresas de telecomunicações determinar como elas estarão à altura da ocasião e se tornarão mais do que provedores de conectividade.